quinta-feira, 11 de abril de 2019

Caminhada da AACS - abril de 2019 !!

Então, no dia 07 de abril, como de costume, no primeiro domingos do mês, a galera da AACS (Associação dos Amigos dos Caminhos de Santiago) subiu do Horto para a Vista Chinesa e Mesa do Imperador.
Fazer a subida de quase seis quilômetros, sempre com muito fôlego, afinal .... são peregrinos !!
O picnic, sempre regado de muito vinho .... culmina com a troca da muita informação, entre veteranos e peregrinos de "zero" ou pouca experiência e uma linda foto com todos os participantes !!
O dia não estava lá, aquelas coisas, muitas nuvens .... havia uma promessa de chuva forte na quinta-feira passada, que não se confirmou.
Da Vista Chinesa, nada a observar .... da Mesa do Imperador, não se observa nada.
Um friozinho até ...
Um dia, realmente bom para caminhar.
E ainda era manhã quando deixamos o picnic.
Uma amiga minha foi nesta caminhada da AACS e como ela não conhecia ... na descida, percorremos um pedacinho da Trilha Transcarioca.
É tão pertinho da estrada que chega a dar pena que tanta gente não conheça e, sequer, tenha escutado falar da "trilha do Jequitibá", com o belo tronco de árvore desta espécie e cachoeiras !!
Então, partimos para lá !!
Uma caminhada de uns 15 minutos até as quedas d'água !!
Algumas árvores (troncos) obstruíam o caminho, deve ter sido coisa da última chuva, em fevereiro.
Vimos o tronco do jequitibá e sua placa de identificação, ao longe, mas fomos primeiro às cachoeiras.
Até que uns banhistas estavam encarando a água fria ... o lugar também é pequeno, não cabe gente na quantidade da Cachoeira do Horto, por exemplo ... nas ocasiões que mais lembra o piscinão de Ramos.
Fizemos as fotos nas duas quedas d'água e saímos para o tronco do Jequitibá.
Para isso basta voltar até uma parte da trilha, onde ela se bifurcou .... a indicação de direção está lá !!


Ainda tentei compreender a maneira de seguir a Trilha Transcarioca, à partir dali, coisa que tentei duas outras vezes, sem sucesso. 
Mas desta vez, sequer a placa com a direção para a Cachoeira dos Primatas, estava presa numa árvore perto da cachoeira.
Mas um dia vou descobrir como esta mágica ocorre !!
Afinal Transcarioca é Trancarioca, não é uma trilha qualquer ....
E chegamos ao tronco do velho jequitibá, do qual sobrou somente o casco ... e tem até um buraco para entrar nele, mas muito escuro por dentro, não dá para saber se há cobra, morcego, aranha .... as fotos feitas somente na entrada mesmo. 

Estivemos lá em abril de 2019 !!

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Depois da tempestade sempre vem ....

O bairro do Horto, na Zona Sul do Rio de Janeiro, sempre foi pra mim, associado a momentos agradáveis.
Afinal de contas, pelo menos uma vez por mês, tenho a alegria de passar por ali, em direção a Vista Chinesa e à Mesa do Imperador, com o grupo da AACS (Associação dos Amigos dos Caminhos de Santiago), para o picnic mais etílico que conheci em toda a vida !!
Fazemos e encontro com o proposito de integrar o grupo e comemorar as idas para quem já foi ou para quem ainda vai fazer o Caminho de Santiago de Compostela - na Espanha.

Então, estar ali é sempre uma grande alegria. 
Porém hoje, minha estada no Horto tinha um outro caráter, nada festivo ou comemorativo.
Desde a última segunda-feira (de tarde), fortes chuvas castigam a cidade "maravilhosa" causando confusão e transtornos.
O saldo de mortos foi de 10 pessoas, em diferentes pontos da cidade .... afogamento, desabamento de casa, de árvores, de pedras e terra, eletrocutamento.
Uma tristeza só.
Minha mãe me comunicou a necessidade de voluntários, convocada pela associação de moradores do Horto, para um mutirão  - a Zona Sul (assim como a Oeste) foram as áreas mais atingidas pelo temporal.
Como desde que voltei de viagem não havia ainda arrumado trabalho, estava 100% livre para poder ajudar .... e lá fui eu.
Muitas das vias da cidade estavam fechadas e pequei quase três horas de deslocamento, para chegar, tudo parado.
Ainda na Gávea passei pela grande e centenária árvore que ainda se debruçava sobre o ônibus da linha 435, desde a tarde do dia anterior.
O Jardim Botânico havia alagado todo e não tem previsão de ser aberto.
Lama nas ruas, parte seca, parte em poças, e carros ainda abandonados, davam a dimensão do que a chuva causou naquele lugar.
Trabalhei, em parte na entrada da comunidade, junto à ponte da guarita.
Muito sujo ali, pois é onde está o caminho da água e de tudo que ela arrastou, galhos de árvores, troncos inteiros, plantas da floresta, pertences diversos das casas das pessoas (móveis, documentos, roupas, alimentos, etc.) .... a vida de quem não conhecemos flutuando diante de nossos olhos.
Triste ver alimentos, sabe-se lá, adquiridos com qual esforço, inutilizados.
Trabalhei, em parte, na Escola Municipal Julia Jubstchek, que está edificada bem do lado de um córrego, acho que ali é o Rio dos Macacos.
A passagem destas  águas destruiu o muro de diversas casas que estão na comunidade do Horto.  
Com força, entrou nas residências e levou tudo, quando não derrubou estas edificações, claro.
Mas que bom, ao menos ali, ninguém perdeu sua vida !!
Ofereci o que eu podia, naquele momento, e de todo coração. 
Estou grata de nada ter acontecido com minha família, amigos e pessoas próximas.
E a vida vai seguir para todos, ricos e pobres, afinal enquanto respiramos, estamos sujeitos a tudo .... uma não lava a outra e não sabemos o dia de amanhã !!